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Excedente cognitivo

Excedente Cognitivo

A medida que a sociedade foi evoluindo, que as jornadas de trabalho foram diminuindo e que a expectativa de vida foi aumentando o mundo teve que enfrentar um problema novo e crescente: excesso de tempo livre.

O que fazer com o tempo livre ? Na Londres de 1720, por exemplo, houve a “gim-mania”: as pessoas bebiam gim até ficarem realmente bêbadas, era o que havia para se fazer com o tempo livre. Hoje em dia a TV domina a preferência das pessoas quando se trata em gastar seu tempo. Apesar da TV ainda ser a primeira opção, a Internet caminha para tomar o primeiro lugar.

Diferente do gim, e da maior parte da TV, a Internet porém não pode ser considerada 100% tempo livre uma vez que se trata de um meio e não um fim. As pessoas a usam para diversão mas também para trabalho, estudo, arte entre diversas outras finalidades.

Excedente cognitivo é o nome que Clay Shirky, autor do livro “A Cultura da Participação”,  deu para o tempo no qual não estamos trabalhando, estudando ou desempenhando outras atividades inerentes ao ser humano (comer, beber, dormir, etc).

Possibilidades

Em seu livro Clay aponta que os americanos gastam  200 bilhões de horas por ano assistindo TV. Com esse tempo daria para criar 2000 Wikipedias (de acordo com o número de artigos em 2009).

A ideia que precisa ser assimilada aqui é a seguinte: todos nós precisamos de nos desligar por alguns momentos do dia, deixar nossa cabeça vagar sobre assuntos mais leves, descansá-la. Por outro lado não devemos ignorar o potencial que nosso excedente cognitivo tem para nos trazer benefício.  Se, por exemplo, deixarmos de desperdiçar 30 minutos de nosso excedente cognitivo por dia, ao fim de um mês teríamos aproveitado melhor 15 horas. Isso é tempo suficiente para ler um livro de 500 páginas! 

Tempo para tudo

Há tempo para tudo, mas gastar muito tempo em atividades que não nos agregam nada (ou muito pouco) não é uma atitude inteligente. O sentimento de satisfação ao aprender a tocar uma nova música no violão, escrever um artigo, conversar com amigos ou assistir uma palestra é muito maior, e mais duradouro, que a satisfação que conseguimos ao assistir uma comédia na TV ou vídeos de gatos engraçados no YouTube.

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