Frank Abagnale, famoso impostor americano que inspirou o filme “Prenda-me se for capaz”, ficou conhecido nos anos 1960 ao passar mais de 2 milhões de dólares em cheques falsos em mais de 20 diferentes países. Frank assumiu nada menos que 8 identidades diferentes como médico, advogado e piloto de avião. Antes de ser preso Frank conseguiu escapar da polícia 2 vezes.
Você também é um impostor! Mas não do mesmo jeito que Frank foi. Você é um impostor diferente. Você e eu sabemos que você teve muita sorte em algumas das últimas provas que fez, o que provavelmente não acontecerá na próxima e todos saberão que você não é tão inteligente assim. Sabemos que você não conseguirá repetir aquele golaço que fez na última pelada, afinal você não é um bom jogador, aquele gol foi um acaso, fruto das circunstâncias daquele jogo. Eu sei o que você pensa quando vai com sua banda para mais um show: “é hoje que me darei mal no palco e a verdade sobre minha falta de talento será descoberta”.
Esses pensamentos são parte do que é conhecido como “síndrome do impostor”. Você não é uma fraude, você só acha (ou já achou) que é. Se você nunca se sentiu assim há uma grande chance de que um dia isso aconteça. Uma pesquisa sobre o assunto indicou que 70% dos entrevistados já sofreram dessa síndrome.
Definições
A síndrome foi descrita pela primeira vez nos anos 70 pelas psicólogas Suzanne Imes e Pauline Rose Clance, mostrando como algumas pessoas são incapazes de internalizar os seus feitos na vida.
Segundo o California Institute of Technology Counseling Center a síndrome do impostor é o “conjunto de sentimentos de inadequação que persistem mesmo diante de informações que indicam que o oposto é verdadeiro. É percebido internamente como uma autodúvida crônica, e sentimentos de que somos fraudes intelectuais”.
Outra definição para a síndrome é “fenômeno psicológico no qual as pessoas ficam incapazes de internalizar suas realizações”. Sentimos como se nossos sucessos fossem devidos a acasos, circunstâncias externas ou sorte. Além disso pressentimos que a qualquer momento as pessoas ao nosso redor vão perceber que somos uma fraude.
Como combater
Você sofre da síndrome do impostor? Veja algumas dicas de como superá-la:
Aceite seus sucessos
Não importa se você teve alguma sorte ou se teve ajuda de outras pessoas. Dê crédito a quem merece mas dê crédito também a você mesmo. O sucesso é, ou também é, seu.
Reconheça suas habilidades
No trabalho procure ajudar os novatos a lidar com as atividades que você está habituado a fazer. Na vida acadêmica ajude seus colegas que estão começando alguma matéria pela qual você já passou. Em geral: procure se envolver com pessoas com menos experiência, isso servirá para te mostrar o quanto você sabe de determinado assunto. Essa é uma das melhores formas de perceber o caminho que você já percorreu e quanto conhecimento já acumulou.
Controle seu perfeccionismo
Cobrar de si mesmo perfeição em tudo que se faz pode alimentar a síndrome de impostor quando algo der errado. Raramente se atinge a perfeição, erros acontecerão e são esperados. Todos cometemos. Tenha isso em mente quando começar a duvidar de si mesmo.
Revisite suas conquistas
Relembre seus sucessos (prêmios, boa notas, aumentos salariais que recebeu, promoções) e compreenda a improbabilidade de que tudo tenha sido sorte ou acaso. Você foi merecedor de tudo (ou da maioria pelo menos) e isso é prova de sua competência.
Ganhe perspectiva
Converse com pessoas nas quais você confie e que sejam sinceras com você como mentores e amigos. Essas pessoas poderão te dizer exatamente as áreas nas quais você é realmente bom e aquelas nas quais você precisa melhorar. Dessa forma você saberá em quais áreas seus êxitos podem ser considerados legítimos ou não.
Não se esqueça desse post !
Quando você estiver pensando que pode ser desmascarado a qualquer momento lembre-se desse post, da síndrome do impostor e se questione se não é isso o que está acontecendo com você.
Conclusão
A síndrome do impostor atinge uma grande quantidade de pessoas e pode passar despercebido por elas, por não saberem reconhece-la. Combater a síndrome é necessário para uma vida mais equilibrada e menos estressante, porém uma mudança de comportamento não ocorre instantaneamente. É preciso tempo e disciplina para mudar, mas o esforço vale a pena. Não desista.
Tem alguma outra sugestão de como combater esse mal ? Deixe seu comentário!