Curiosidades

3 mitos sobre o cérebro

Basta uma informação mal interpretada que tenha grande aceitação para que um mito seja criado. Neste artigo vamos tratar de 3 mitos muito populares sobre o cérebro.

Os 2 lados do cérebro

Com raras exceções a maioria das funções cerebrais dependem dos dois hemisférios. Não existem pesquisas que suportem o conceito amplamente difundido que o lado direito do cérebro é responsável pela criatividade e que o esquerdo é o que lida com o raciocínio lógico.

Tanto é assim que, em pacientes que sofreram algum tipo de dano em um dos lados, percebe-se que outras porções do cérebro assumem as funções da parte danificada, mesmo se essas novas encarregadas estejam no lado oposto.

Segundo Sarah-Jayne Blakemore, professora de neurociência cognitiva da University College London, essa ideia de divisão de atividades do cérebro deve ser abandonada; além de ser errada ela pode ser prejudicial já que pessoas categorizadas com o uso “predominante do lado esquerdo” podem considerar que essa característica é inata e se sentirem incapazes de desenvolver atividades do lado direito, e vice-versa.

10% do cérebro

10Seria bem legal se tudo que a humanidade conseguiu até aqui fosse resultado do uso de uma pequena parte do cérebro; imagina o que conseguiríamos fazer usando todo o potencial do cérebro?

Infelizmente trata-se de outro mito, pois você e eu não usamos só 10% do cérebro.

A porção do cérebro que está ativa a cada momento depende da tarefa que estejamos desempenhando, porém todas as células são utilizadas, seja ativamente (realizando alguma atividade) ou participando nas sinapses (promovendo a comunicação entre as diferentes partes do cérebro). Até quando estamos dormindo é possível identificar que todas as partes do cérebro mantém um certo nível de atividade.

Álcool mata neurônios

Tenho 2 notícias para te dar. A primeira é que consumo de álcool não mata células do cérebro. Obviamente se você ingerir uma quantidade absurda de álcool você pode morrer e com isso o seu cérebro vai junto, mas a causa da morte não será a morte das células cerebrais. Em usuários “pesados”, aqueles que praticamente não fazem ingestão de alimentos sólidos e dependem do álcool para extrair as calorias que precisam, o consumo pode sim matar os neurônios, mas trata-se de um caso extremo.

A segunda notícia é que, apesar de não matar células cerebrais, o consumo excessivo pode danificar os dendritos (parte do neurônio responsável por transmitir impulsos nervosos), prejudicando a comunicação entre as células e trazendo prejuízos cognitivos. Porém, segundo Roberta J. Penney, professora de anatomia e biologia celular, na maioria das vezes, esse dano pode ser revertido.

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